chegar a casa:
– encontrar um lugar-quase-legal (não fosse o parquímetro… ou será parcómetro?);
– ranger os dentes ao arrumador que insiste em pedir “moedinha” várias a vezes ao dia sem perceber que o alvo é sempre o mesmo;
– cumprimentar o guarda-nocturno do quarteirão que, no cenário das casas escuras da baixa iluminada a amarelo, remete para londres há 50 anos atrás, ainda que sem o estripador… ou não;
– dar um cigarro ao segundo junkie que reconhece a vizinhança e diz boa-noite;
– abrir a porta e apanhar um susto-de-morte com os dois adolescentes do bairro mais próximo enrolados-em-beijos nas escadas;
– sentir o cheiro bom dos cozinhados do vizinho brasileiro do terceiro andar;
– abrir a porta, trancar e relaxar.