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a vida é demasiado curta para andar metida no bolso. para ficar contida no riso ou no choro, no grito ou no palavrão. demasiado breve para se perder nas hipóteses. para não ser experimentada ao pormenor. a vida é demasiado efémera para ficar dobrada na gaveta. para ser gasta em contemplação. demasiado rápida para ser poupada. para ser defendida dos excessos. a vida é demasiado entrelaçada para ser explicada com coerência. para ser analisada em números. demasiado rica para imobilizar opções. para ser deixada à sorte. a vida é demasiado valiosa para ser desperdiçada. para não ser esmiuçada no amor e na emoção. demasiado habitada por pessoas para cair em solidão. para ser evitada. a vida é demasiado cruel para ser recebida com tolerância. para ser sentida sem revolta. demasiado cheia para ser vivida na ignorância. para ser dividida com a indiferença. a vida… é demasiado! por ser o equilíbrio no limiar da loucura. por ser a intensidade que bate a leveza. por ser o nosso compromisso maior.
projecto na-idade-dos-porquês
evento Colectiva de Primavera +
local/data Póvoa de Varzim, 2008
bonitas palavras, sentires…:)
bjinhos
gostei muito deste post. acho que sempre pensei assim, mas nem sempre tive coragem de concretizar.eu pensava que sim, que já tinha um ‘quinhão’ de vitórias das quais me pudesse gabar e sustentar esse meu lado corajoso, de quem não arruma a vida no bolso e a esquece lá dentro só porque pensa que está bem guardada. mas agora a batalha é muito maior e sinto-me fraca. nem sequer consigo encontrar a minha vida no meu bolso… tem-la? por favor, alguém que encontre a minha vida e ma traga de volta…
“a vida é demasiado curta para andar metida no bolso. ” basta esta frase. bonito elogio à vida :)
Que bonito Mafs… Adoro ler-te mais e mais! Beijo primaveril!
Two Songs
1.
Sex, as they harshly call it,
I fell into this morning
at ten o’clock, a drizzling hour
of traffic and wet newspapers.
I thought of him who yesterday
clearly didn’t
turn me to a hot field
ready for plowing,
and longing for that young man
pierced me to the roots
bathing every vein, etc.
All day he appears to me
touchingly desirable,
a prize one could wreck one’s peace for.
I’d call it love if love
didn’t take so many years
but lust too is a jewel
a sweet flower and what
pure happiness to know
all our high-toned questions
breed in a lively animal.
2.
That “old last act”!
And yet sometimes
all seems post coitum triste
and I a mere bystander.
Somebody else is going off,
getting shot to the moon.
Or a moon-race!
Split seconds after
my opposite number lands
I make it–
we lie fainting together
at a crater-edge
heavy as mercury in our moonsuits
till he speaks–
in a different language
yet one I’ve picked up
through cultural exchanges…
we murmur the first moonwords:
Spasibo. Thanks. O.K.
Adrienne Rich
Como um dia nos deram. Lá estarei.
que bonito maf!!! beijinhos
Mas não mostras a cara porque não gostas (de mostrar, claro), ou porque não queres!?!?!? LOL
Até Sábado;).
:) Gosto quando dizes “a vida… é demasiado!”. Acho que é tão simples quanto isso. Podes adaptar-lhe qualquer ideia a seguir.
Esta imagem está fantástica! Muito gostas tu de mostrar o pescoço. Eheh. Beijinho.
eu tou cumó outro: não sei se a vida é pouca ou demais pra mim. belo texto mafarrica. eu ainda não cheguei a conclusões, mas pra lá caminho. biju
a vida é demasiado boa, e se é violenta, é para percebermos que estamos vivos. bom para nos tirar da monotonia!
Concordo violentamente contigo :)
Paulo