uma astronauta, uma vaqueira e uma varina. uma casa sem telhado para se verem as estrelas mais brilhantes. um monte sobre as terras altas do alentejo. um piano admiravelmente triste e uma melancia alcoólica. e mais uma piscina com muitas gentes. e um pedaço de rio sem absolutamente ninguém. uma cegonha e uma águia no céu, um presumido javali e uma cobra imaginária. o pereira e a dona belita e a mulher do presidente da junta. um teatro que não se chega a entrar e uma actriz que se gosta de conhecer. azinheiras e sobreiros, pão e vinho. uma mesa requintada para motivar a partilha. a imaginação livre e sempre a esperança. uma fotografia dos anos setenta com três rockers destruídos. barrigas cheia de mimo e risadas altas. uma lágrima descontinuada para lembrar que a existência é real. 2009
muito bom texto e imagens.
beijos
Mylóbe, às vezes os vaqueiros transformam-se em porqueiros e falam da platina que têm na perna direita, e empurram os leitões com um pau de vassoura, “sem lhes bulir senão vem a porca direita a mim e morde-me” e falam sem sossego. Descobri mais umas pérolas por aqui, tens que voltar depressa, pode ser que no Inverno já tenha casa com lareira para podermos assar castanhas e beber tintos com mantas de lã nas pernas.
oia que bonito tudo.